Em um país com tantas diferenças sociais sou um dos poucos que teve a oportunidade de fazer um curso superior. Mais do que isso, sou um dos raros viventes que teve a oportunidade de escolher trabalhar com o que gosta, escolher como trabalhar e, hoje em dia, posso escolher com quem trabalhar.
Nesses três anos que tenho como profissional vários motivos me levaram a ingressar em um projeto (e vários outros pra não entrar, mas esses não convêm citar). Esse documentário é um pouco uma oportunidade de recomeçar, reavaliar uma carreira não tão longa assim. É a oportunidade de voltar a trabalhar em uma equipe com vontade de fazer um filme “porque o filme deve ser feito”, sem se preocupar com festivais, horário de exibição, etc. É a oportunidade de trabalhar com velhos e novos amigos, com o diretor que me deu minha primeira oportunidade de mostrar trabalho, de mostrar pessoas, lugares, sensações.
Tudo isso pra chegar à conclusão de que eu posso escolher a vida que quero ter. Escolhi ir para a Chocolatão retratar pessoas que não escolheram estar lá. Sexta-feira será um dia de contrastes: de um lado eu, do mesmo lado, eles.
Por Bruno Carvalho
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